Compradores do futuro: conscientes e atentos à tecnologia

Mudanças no perfil tem sido constante e varia de acordo com as novidades do setor

Uma pergunta que deve estar sempre na cabeça do corretor: quem é o meu cliente? Segundo especialistas, imaginar o futuro faz com que você tropece no presente, afinal as mudanças têm sido rápidas e o perfil dos compradores está em constante renovação.

De acordo com Marcelo Pacheco, sócio-diretor da Casa do Futuro, empresa que presta consultoria tecnológica na área da construção civil, no passado o que se construía era vendido quase de imediato, mas as coisas estão diferentes.

“O consumidor está mais consciente e também pesquisando mais. Neste momento, imóveis mais sustentáveis, eficientes e com custo operacional menor, geram taxas condominiais mais baixas, possuem menor consumo de energia e água e essa contenção mensal pode fazer a diferença para uma tomada de decisão”, aponta.

A explicação de Pacheco deixa claro uma situação: o imóvel deve estar preparado para o futuro. Assim como a tecnologia chega para revolucionar o conceito da automação residencial, ela também joga a favor das imobiliárias, uma vez que os sistemas conseguem fazer uma triagem do que os clientes buscam e, portanto, permitem uma abordagem mais precisa.

“O aumento da penetração da inteligência artificial no mundo dos negócios permitiu que as empresas compreendessem e executassem melhores práticas em sua abordagem e relacionamento com o cliente”, destaca Vivian Jones, gerente do Sistema de Análise Estatística (SAS), empresa de software e serviços de análise de negócios.

Para ele, isso otimizou os fluxos de trabalho entre as áreas internas das empresas, melhorando os processos de tomada de decisão e, como consequência, impactou positivamente na produtividade e o crescimento delas.

Tecnologia a serviço do lar

Assim como os tablets e smartphones, que já foram desejo distante de muitos pelo alto valor, os equipamentos eletrônicos responsáveis pela automação e que prometem facilitar a vida das pessoas farão parte do cotidiano de grande parte da população.

“Como qualquer produto de mercado, quem define se vingará ou não é o consumidor. Quando tivermos consumidores demandando por este tipo de produto, certamente ocorrerão investimentos significativos. Hoje a demanda ainda é restrita às classes alta e média alta, mas a tendência é que em poucos anos entre também nas classes populares”, diz Pacheco.

Naturalmente, a modernidade e a sustentabilidade fazem parte do desejo dos compradores, seja para agora ou para o futuro, quando a maior parte estará apta a comprar. Fato é que a mudança já começou.

“Já existem empreendimentos com imóveis sustentáveis e inteligentes sendo oferecidos. Mas ainda existe certa resistência de muitas construtoras e incorporadores em investir nestas tecnologias sem ter a certeza do retorno esperado”, afirma o sócio-diretor da Casa do Futuro.

Fonte: https://www.zappro.com.br

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